Já Bruce Wayne, não teve a mesma sorte. Já na infância conheceu a dura realidade da impotência sobre a violência, a dor e o sofrimento, ao saber que nem todo o dinheiro do mundo pode te proteger de fatalidades. seus pais foram mortos na sua frente, Bruce ainda criança perdia seus pilares. Como Batman, ele adota um pensamento diferente, achando que a justiça dele deve ser trazida através das sombras, de forma escondida, mas presente, ele quer que os bandidos tenham medo de sua figura fantasmagórica projetada nos becos, da mesma forma que inocentes já sentiram, nas mãos de assassinos, traficantes e estupradores.
Em Superman: paz na terra, Clark se pergunta o que poderia fazer, depois de se deparar com uma moradora de rua, o que ele poderia fazer para acabar com a fome no mundo, como Superman ele pede o auxilio dos governos mundiais que relutantes e descrentes, oferecem seus excedentes de produção para serem doados mundo a fora. no caminho o herói vai se encontrando com diferentes tipos de sociedades, aquelas que o acolhem com louvor, e aquelas que o despejam longe, pois sua ajuda é uma ofensa hipócrita. se depara com governos oportunistas das quais nem mesmo ele poderia dar um jeito, simplesmente na porrada. ao fim de tudo, ele descobre que sozinho não poderia alimentar a todos todos os dias, e que a fome do mundo vai mais do que só de alimento, de que se deve pescar, e não só receber o peixe, de que a mudança deve acontecer primeiro em cada um.
Em Batman: guerra ao crime, o herói chega em uma loja recém assaltada, encontrando como único sobrevivente, um garoto. Tão perdido como ele mesmo estava quando perdera seus pais. Como Bruce Wayne ele conhece o mundo dos negócios e da manipulação por lucro, ele vê homens que investem seu dinheiro em hotéis, e simplesmente viram as costas para os problemas que as pessoas estão tendo, em meio as festas luxuosas, ele se disfarça, escuta a podridão de uma sociedade que é tão criminosa quanto os ladrões maltrapilhos dos becos. Bruce é o disfarce, quem ele é de verdade, é de quem os bandidos correm, o morcego. como Batman ele entende que a sociedade corrupta precisa de agentes que a limpem, que tragam a justiça que nem sempre os policiais asem, e que por vezes se calam, ao ter as mãos "molhadas". Batman acredita que sua luta valerá a pena, se ao menos um pobre garotinho puder ter seu futuro transformado, de um caminho escuro, para a vida correta.
Os heróis tem formas de pensar diferentes, maneiras de agir.Um prefere o exemplo claro como o dia, o outro prefere inspirar pelas ações ao anoitecer.
Ambas as Hqs terminam com conclusões parecidas. Nada poderá ser feito por uma só pessoa, por mais recursos que ela tenha, ou por maiores que sejam seus poderes, um só não vai mudar o mundo em um dia. mas eles podem ser o exemplo. eles podem ser a faísca da mudança, o fogo que inspira para que outros depois deles, pensem diferente, que hajam e que mudem o mundo, para que o amanhã seja realmente brilhante.
Excelente leitura, para quem é fã, e para aqueles que querem uma boa reflexão sobre a natureza humana, mesmo que vinda de super-humanos.
*A Hq foi escrita por Paul Dini, responsável dentre outras coisas, por roteiros das animações do Batman e do Superman, aquelas com o design quadradinho, precedente do desenho da Liga da Justiça.
Os desenhos foram feitos por Alex Ross, sem adjetivos o bastante para descrever sua arte!
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