terça-feira, 4 de agosto de 2015

Cobain: Montage of Heck

         A algumas horas atrás, antes deste post ser escrito, eu terminei os ultimos segundos de Montage of Heck, e ainda não consegui tirar a versão violino de Smells Like Teen Spirit da minha cabeça. e nem quero.
         Pelo que eu pesquisei o diretor do filme vem montando esse documentário a cerca de oito anos, e o resultado, como prometido, são coisas completamente desconhecidas sobre a vida de Kurt Cobain que nem mesmo a mídia escrota e parasítica da época do auge do Nirvana teve acesso.
a maior parte do filme é composta por vídeos caseiros gravados por pessoas diferentes, e até mesmo pelo músico, que vão compondo um mozáico interessante, um quebra cabeças que agente gosta de montar e no final apreciar e poder entender de que se trata afinal esse cara.

         Há também entrevistas com amigos e a família, que entregam fatos sobre seu nascimento, infância e crescimento problemático de adolescente. mas com certeza o que mais me deixou interessado, foram as passagens que o vocalista do Nirvana escrevia, pensamentos de seus diários rabiscados, seus desenhos tortos e estranhos e principalmente as gravações que ele mesmo fazia, falando sobre certas coisas, inclusive fatos de sua vida brilhantemente reproduzidos em algumas partes do filme, em forma de animação. é quase como se estivessem filmado essas partes, poético.

         Para quem não sabe Montage of Heck é o título também de uma das fitas cassetes que ele gravava coisas, audios demos, mixagens e mistura de sons caseiros, título que o documentário se apoderou, afinal ele também é uma série de montagens e fusões de coisas que no fim das contas formam um grande documento. os trailers promocionais mostravam
" o documentário definitivo sobre Cobain. não há mais nada a se revelar depois dele." e realmente. está tudo lá. tudo o que você deveria saber.
         É normal que os fãs gostem e queiram conhecer a fundo sobre seus ídolos, mas sempre tive a ideia de que o que mais interessa sobre um artista é a sua arte, não o sabor de sorvete que ele come, ou a marca de papel higiênico que ele usa, isso é besteira. e não acho que um fâ de verdade realmente se interessaria por coisas triviais que geralmente revistinhas de fofoca contam.
no caso deste filme é diferente. foi um
movimento da própria família dele em divulgar as coisas, de prestar um, por falta de palavra melhor, tributo ao seu filho, ao seu irmão, ao seu amigo. é a verdade que eles decidiram mostrar. não a verdade que a mídia decidiu te oferecer. mídia essa que chegava a dar nojo ao ver o filme...
     
   É importante deixar claro também, que esse documentário, como eu disse, é sobre o Kurt, não sobre o Nirvana. se você pensa algo como " Nirvana não é só Kurt" talvéz fique incomodado com a pontuação do filme. também sou desses que aprecio a banda como um todo e a representatividade de cada membro, sendo o dave Grohl, inclusive, o meu preferido. é um documento familiar, não uma homenagem para banda. a unica coisa no filme todo que me incomodou foi a completa ausência de Dave Grohl participando no filme, ao contrário de krist Novoselic, ele não da nenhum depoimento, se não fosse por ele aparecer aqui e ali nos videos caseiros e da imprensa postos no filme, a impressão que dava era que ele nunca fez parte da banda. isso me incomodou bastante. O diretor se explicou dizendo que a entrevista com o Dave ( que segundo ele estava ocupado)  foi feita tempo depois do filme estar quase pronto, e que desse forma, não daria para encaixa-la no mesmo. é estranho. não deixo de pensar se não teve um dedinho da Coutney Love nisso, já que historicamente ela nunca se deu muito bem com o ex batera do Nirvana.
         Emfim, é um excelente documento intelectual sobre um grande artista, que teve um fim ruim, mas que perdura a poesia ainda hoje, em tempos onde a música anda quase tão estranha, e quase sem alma. ainda bem que ainda existe o Pearl Jam e o Foo Figthers por aí...

ps: veja o trailer abaixo

ps2: o smells em violino ainda está na minha cabeça, ecoando e ecoando.


sexta-feira, 31 de julho de 2015

Conjecturas de um "escritor" preguiçoso

         Olá leitores do Pincel.... Realmente já fazem meses que eu não posto nada por aqui, muita coisa aconteceu, semestre de faculde, um TCC dos infernos, mas tudo acabou bem no final das contas. A algum tempo atrás eu terminei o meu livro que estava a uns 3 anos enrolando, o Diário dos Desejos.            Obviamente como todo bom aspirante a escritor, o livro está uma merda kkk brincadeira, não acho que esteja tão ruim assim, mas o fato é que eu comecei a escreve-lo quando eu terminei o ensino médio (2010) ou seja, realmente faz muito tempo. eu comecei o gosto pela escrita de forma inesperada, mas natural.
         Eu pegava livros na biblioteca do colégio e lia-os, e foi quando me veio a ideia na cabeça:
" Porque não escrever uma história só minha?". Foi então que eu comecei. tudo muito caseiro, ainda escrevendo em folhas de caderno que haviam sobrado do ano letivo kk, eu escrevi a mão durante muito tempo, até resolver transferi-lo para o word, só nisso já se foi muito tempo também. mas não posso culpar o trabalho duplo pela demora em conclui-lo.
         A verdade mesmo era que eu enrolava demais para continuar a história, tanto que ao longo da escrita, eu percebia a evolução da qualidade de narrativa ainda no mesmo arquivo, o que não costuma ser muito comum.


         Uma boa regra para se escrever é deixar o texto maturar e descansar, para que quando você voltasse a lê-lo, ele teria um novo aspecto na sua cabeça. seu senso crítico estaria mais refinado, e também, porque não, mais imparcial. Devido a minhas demoras eu pude reparar muita coisa ruim na minha história ( principalmente nos primeiros capítulos escritos anos atrás ) e pude recortar e reescrever muita coisa, num processo de auto podagem até que eu finalmente pude termina-lo de vez e contar o que eu queria contar, desde que eu tive essa ideia insana.
         O livro estava pronto. em tese. Hoje estou apenas com ele em word, e algumas versões em pdf eu mandei para alguns amigos para serem os leitores beta, aqueles que vão ler a história e dizer o que se pode melhorar, se a gramatica e ortografia estão erradas ( o que devem estar mesmo ). mas eu não pretendo voltar ao mundo de Diário dos Desejos além de suas correções tecnicas. não posso ficar preso nessa história para sempre. sei que ela está aquém do esperado até para mim mesmo. e por isso venho tentando melhorar e pensar em histórias novas para contar, fantasia, mistério, sobrenatural ou qualquer coisa que venha a mente. É um tanto quanto difícil para mim me concentrar numa unica ideia, ja que eu tenh tantas que não sei por qual escrever, ou se eu estou devidamente pronto para escreve-la. o importante é não parar por aí, e procurar melhorar, nos ultimos dias eu havia terminado Sobre a escrita, de Stephen King e isso me ajudou bastante a me organizar melhor. uma resenha dele será feita no futuro.
         Espero vender meu livro a um precinho camarada em algum site que venda ebooks de autores independentes ( você sabe de que eu estou falando ). e se ninguém comprar lá, ja valeu a pena de toda forma, o importante mesmo é ser lido, faz parte do que significa ser um escritor mais do que tudo a vontade de ter sua obra lida pelo máximo de pessoas possíveis, o que vem a seguir é lucro.
no mais é isso, sempre que puder, estarei aqui no Pincel pra vocês.
Até.





quinta-feira, 5 de março de 2015

O Hobbit: A batalha dos cinco exércitos

       
Bilbo ficou decepcionado também kk
 Meia boca. é a palavra que eu tenho para descrever esse filme.
era algo a se esperar, afinal de contas, quando foi divulgado que a história de Bilbo Bolseiro seria contada em dois filmes, a estranheza foi grande, afinal por quê dois filmes em uma história como O Hobbit? que tecnicamente é bem mais simples do que O Senhor dos anéis. depois que disseram que haveria mais um filme, a previsão era uma só: esticar o elástico.
         A batalha dos cinco exércitos acontece imediatamente após o segundo, A desolação de Smaug acabar, o dragão vai em direção a Cidade do Lago, destruí-la em chamas, enquanto os anões tem de volta sua terra de direito, Erebor. Entretanto, Thorim agora está com a doença do dragão, obcecado por seu tesouro recém adquirido, e pela Pedra Arken, a gema branca. 
          Depois do ataque de Smaug, a cidade do lago ficou completamente destruída, e os homens e mulheres agora liderados por Bard, procuram reivindicar o acordo feito com os anões de receber parte do tesouro, para reconstruir o que agora foi perdido, por outro lado, os elfos da floresta, liderados por Thranduim, reivindicam as pedras preciosas de seu povo que foram parar em Erebor. com Thorim fora de si e decidido a não dar um centavo sequer para alguém, declara guerra com os homens e os elfos, pra terminar, um exército de Orcs, a mando do Necromante e liderados por Azog. ou seja, uma baita bagunça, não? mas até aí tudo certo, afinal está no cânone.
         O problema como sempre foi, nessa trilogia, é a adição incrível de coisa nenhuma! o filme passa muito tempo contando coisas inúteis e desnecessárias, como o que o Legolas foi fazer, o empregadinho do dono da cidade do lago ( ou do ex dono...), a batalha (?) de Gandalf/Galadriel/Elrond contra o Necromante, (que não precisa mais esconder que é o Sauron mesmo). uma sena que não existe, necessariamente, mas foi a única que valeu a linguiça enchida. 
ops, acho que esqueci de falar do Bilbo, afinal ele é o Hobbit né? infelizmente foi isso mesmo que aconteceu. o personagem foi completamente esquecido e abandonado em seu próprio filme!, deixado apanas para dar um ou outro conselho, falar uma coisa bonita e tals... Mesmo tratamento que recebeu Smaug, onde eu esperava uma grande participação, afinal foi o que salvou no segundo filme, aqui ele morre em cinco minutos, o roteiro apressa tudo, e o pior, apressa demais para mostrar o desnecessário, o que não existe no livro!
         No final das contas a tão falada batalha dos cinco exércitos foi tão monótona quanto o resto do filme, longe da empolgação que poderia trazer. começa e acaba, nem mesmo as mortes de alguns personagens nos toca, devido a pressa excessiva de contar a história.
Uma das poucas coisas que sobram de interessante é quando Bilbo volta  para o condado, e retornar a uma vida pacífica, e guardar na mente as aventuras vividas, e os amigos perdidos, e o epílogo no final, com ele mais velho, onde a sena, imediatamente se torna o prólogo de A sociedade do Anel, foi de arrepiar...
         A batalha dos Cinco Exércitos, foi um filme "ééééhh... então tá" deu aquela sensação de "foi só isso?" fica longe da grandiosidade de SDA, não pelo conteúdo, afinal é uma história bem menos complexa, mas pelo tratamento que foi recebido. no começo foi se autovalorizando demais, com seus três filmes, mas não manteve  até o fim.
         E como diria a frase de Bilbo sobre sua velhice" me sinto como uma mantega espalhada pelo pão" A saga do Hobbit, de tanto ser esticada no pão como uma manteiga, acabou perdendo sua consistência.