segunda-feira, 31 de março de 2014

Cidades de Papel - John Green

Qual a pessoa que você vê quando olha? Você a enxerga como ela é de verdade?
Esse é, por assim dizer, o tema principal de cidades de papel, livro de John Green, o badalado autor do badalado a culpa é das estrelas ( que por acaso ainda não tive a oportunidade de ler).
Quentin Jacobsen tinha uma certa amizade com Margo Roth Spiegelman, costumavam brincar juntos e explorar por ai, até certo dia, quando eles encontraram um homem caído, morto.      Depois daquilo as coisas meio que haviam mudado, e cada um foi para o seu lado, na adolescência quentinha ainda estuda na mesma escola que margo. Mas agora a garota, descolada e popular, típica líder de grupinhos e festas a fins não mais participa da vida de Quentin, que a vê agora como um objeto de admiração, impalpável e inatingível. A rainha da escola, Margo. Ainda assim ele desejaria que eles voltassem a se reconhecer um ao outro e quem sabe os dois não pudessem ficar juntos.
Numa noite estranha, margo aparece na janela dele e o chama para dirigir o carro numa serie de atividades estranhas, como arrancar a sobrancelha de um garoto, ou jogar um peixe dentro do carro de uma ex-amiga, e visitar o Sea World no meio da noite. Margo era assim, imprevisível e aos olhos do personagem, adoravelmente excêntrica. Quando Quentin achava que as coisas entre eles mudariam depois daquela note, margo some, não vai mais a escola, simplesmente saiu de casa sem dar explicação alguma; até para os pais dela aquilo era normal pois a garota costumava fugir e voltar em alguns dias, mas Quentin achava que dessa vez era diferente e que talvez ela não pudesse mais voltar. Mas ao que parecia, a garota havia deixado pistas misteriosas, que levariam aonde ela está, e somente Q poderia acha-la. Junto de seus dois amigos radar e bem eles investigam e visitam lugares por onde a garota poderia ter passado, numa busca para encontrar sua paixão.
 O livro não pareceu me empolgar tanto, o que foi um pouco estranho no começo, mas depois que eu peguei o jeito, a historia foi ficando mais interessante. O protagonista nem me instigo tanto assim, pois parecia um garoto comum demais, margo por outro lado me entediou pelo fato de ser excêntrica demais, típica garota que quer chamar a atenção, por isso eu me interessei bem mais pelos personagens secundários e sua relação com Q, como seus dois amigos Radar (que vive reclamando que seus pais tem e ostentam uma enorme coleção de Papais Noéis negros, kkk) Bem, mais engraçado ainda me tirou algumas belas gargalhadas, principalmente nos perrengues finais do livro, quando ele, Quentin, radar e Lacey ( amiga de Margo, que começa a ficar com Bem) se juntam em uma jornada final numa van... Esses capítulos finais e engraçados que fizeram o livro valer, a viagem em si, como dizem é bem melhor do que a chegada. No final de tudo, coisas são esclarecidas, algumas meio previsíveis para mim, mas mostradas em alguns aspectos não esperados, o que torna os motivos da garota mais profundos e bem menos vagos do que a principio eu achava. Margo se sentia mal onde vivia, No fim de tudo, quando agente fecha o livro e fica com amente em silencio, se percebe o que John Green queria dizer com tudo aquilo. As coisas que vemos, o modo como podemos enxergar uma pessoa pode não ser o modo como a pessoa se enxerga, ou de fato como ela é. Vemos versões de pessoas, da forma como nos agrada, reflexos errados, como dito no livro, depois que um barco se quebra é que é possível ver a luz que o atravessa, e  entender como ele realmente é de fato.
Embora tenha tido seus altos e baixos, eu gostei do livro, foi o primeiro do autor que eu li, e espero que os outros sejam igualmente bons e até melhores, pois Cidades de papel embora tenha sido lançado no Brasil depois de a culpa é das estrelas, foi escrito antes, e baseado no que venho lendo por ai, blogs a fora, a escrita do autor evoluiu a cada titulo. Surpresas melhores estão por vir para mim J


sábado, 22 de março de 2014

Juno


   O legal dos filmes considerados independentes é que eles sempre tem uma história que apesar de ser simples e humana, cativa o publico, e marca muitas vezes mais em nossos corações do que filmes de alto padrão de investimento, mas nebuloso.


   Juno é um desses filmes independentes, que no ano de 2007 surpreendeu muitos pelos seus prêmios e indicações, mas completamente merecido.






 história, Juno, a adolescente maluquinha descobre-se grávida após uma transa com seu colega de colégio/parceiro de banda, o magricela Paullie Blekker, ela conta a seus pais, ao garoto e a sua melhor amiga, mas toma a decisão de não ter o bebê, não abortá-lo, mas entrega-lo para adoção por um casal que ela encontrou nos classificados de um jornal) estavam tentando a cinco anos ter um filho sem sucesso, tendo agora em Juno a esperança de realizar seus sonhos, (mais precisamente, o sonho desesperado da futura mãe adotiva). A partir de então o filme é uma série de sacadas bem feitas, piadas engraçadas, principalmente da adolescente, que é esperta e bem sarcástica, mas não só de risadas se é feito o filme, existem momentos que são de chorar, sinceramente, e eu chorei mesmo kk, outros pontos positivos são os atores. Cada personagem serve de base para a história, nenhum é descartável ou serve de peso morto, pois cada um tem um carisma próprio que sustenta o elenco de coadjuvantes, e eu diria que bons coadjuvantes são tão importantes, ou mais, que o próprio protagonista.



   Nunca é fácil ser mãe, passar por coisas que nós homens não entendemos, ter a barriga crescendo e crescendo, cólicas, dores e enjoos, imagina, como é para uma garota do ensino médio, que não saca quase nada a não ser o rock da década de setenta? Mas Juno passa por isso sem grandes dramas, alguns aqui e outros ali, mas o fato é que ela embora, como ela diz “estou resolvendo problemas muito além da minha maturidade”, acaba resolvendo as coisas da melhor maneira possível a ela. É um filme muito bem mesmo.
   Outro aspecto legalzissimo ( eu sei que essa palavra não existe, dane-se) é a trilha sonora, cheia de musica Folk ( acho que é Folk, pelos vocais básicos e a gaita) musicas simples, mas que não sai da nossa cabecinha pela simpatia, aproveitem a sena dos créditos de abertura, onde uma musica muito legal divide espaço com uma espécie de animação, feita de fotografias continuas da garota caminhando e das ruas redesenhadas ( voltei e voltei várias vezes nessa parte de tão legal que é.) 




Para quem não sabe, o filme tem a mesma equipe de as vantagens de ser Invisível, de 2012, outro filme incrível, na minha humilde, mas absoluta opinião, hehe...

segunda-feira, 3 de março de 2014

Edward mãos de Tesoura

 

   Eu acho que não se fazem mais filmes como antigamente. não que eu seja muito mais velho do que todos vocês, mas acho que talvez havia mais magia e delicadeza nas produções do que hoje em dia. acho que na década de noventa a crise de falta de criatividade não era tão grande como hoje em dia.
Edward mãos de Tesoura é muito lindo. é uma história doce, quase como um conto de natal ou algo relacionado, tamanho a simpatia da história.
   Edward não é um ser humano de verdade, fora criado, por um velho inventor que morava em uma mansão no topo de uma colina. seu criador acaba morrendo repentinamente antes que ele pudesse completar a sua criação, lhe dando mãos, Edward ficara inacabado, como ele mesmo dissera, com mãos de tesoura afiadas e uma solidão tão pontiaguda quanto. mas as coisas tomam um rumo diferente depois que uma vendedora de cosméticos o encontra e o leva para sua casa, ele passa a conviver com a família dela, os vizinhos curiosos e passa a ser famoso e reconhecido pelo dom que aprendera a ter. e se apaixona.
   A trilha sonora é completamente compatível com as senas mais significativas. ( minha preferida é a que ele vai a um programa de entrevistas, e é perguntado se há uma garota em seu coração. ele simplesmente olha para a câmera, e a garota, que vê TV olha também, e é como se ambos olhassem um para o outro por alguns instantes, a música mais a sena derrete qualquer coração mais molenga rs).
no final, acho que a lição que se tem é que nem sempre somos perfeitos, mas que nos completamos quando encontramos algo de bom em nossas vidas, que fazem valer a pena a solidão até então tida.

Curiosidade: Esse foi o primeiro filme de parceria que duraria tanto: o diretor Tim Burton e  Johnny Depp.