quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Resenha: O Chamado do Cuco

   Roberth Galbreath, aparentemente seria um autor em ascensão, logo em seu primeiro livro estava vendendo muito bem, recebendo propostas e conquistando as boas opiniões dos jornalistas e críticos literários; entretanto uma informação vazada e a verdade fora descoberta: Galbreath era um pseudônimo de J.K Rowling, a criadora de Harry Potter, daí em diante as vendas explodiram, afinal era um livro da grande cavadora de ouro, ou seria galeões? Kk
   Entretanto O Chamado do Cuco não se sustenta pelo nome de seu autor, até porque J.K pretendia ocultar essa informação o mais que pudesse, não, o Chamado é uma história muito interessante e envolvente, quando você se propõe a se envolver.
   A trama é sobre uma modelo muito famosa, e rica, que cai do andar do hotel onde estava e morre, todos acreditavam se tratar de um suicídio, até mesmo a policia, entretanto, seu irmão crente de que havia mais coisas obscuras contrata Cormoran Strike, um ex-militar e agora detetive particular, a investigar o caso. Mas o que mais havia a se investigar? O caso da modelo fora desmembrado por jornalistas e policia por muito tempo, as informações haviam se tornado comuns, o que mais haveria de se escavar? Em duvidas, Strike aceita o caso, afinal, está com dívidas em todo o canto, e acabara de se separar de sua namorada, restando a ele dormir em seu próprio escritório e contratando secretárias temporárias, uma delas, Robin que chega a seu escritório.

   Robin sempre quisera se envolver em casos misteriosos e viu uma oportunidade ser a secretaria e participar daquele mundo sherloquiano. O livro todo é uma constante busca por detalhes, Cormoran vai atrás de qualquer pessoa que tenha passado pela vida de Lula, desde amigas modelos, seu estilista, familiares e motorista. É interessante como cada pedacinho é registrado no livro. Você não entende nada, aonde tudo isso vai dar, mas quando você lê as ultimas páginas, você percebe que cada entrevista valeu a pena. Essa é o trunfo dos livros policiais, mesmo oferecendo as pistas, os suspeitos e tudo o mais, você não consegue identificar alguém especialmente suspeito, e quando o faz, sua ideia estava completamente errada, é frustrante, mas divertido ao mesmo tempo kk. J.K soube escrever uma boa história de detetive, com tudo o que deveria ter. começou muito bem, e uma continuação já está garantida e deve ser lançada daqui a alguns meses. Valeu a pena ter comprado.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

As Vantagens de ser invisível (livro)

 
 Quando eu comprei esse livro eu não tinha lá grandes expectativas, talvez seja esse o segredo: não ir com sede demais ao pote. não que eu não houvesse me interessado, mas é que segundo várias resenhas literárias em blogs e vlo
gs por ai, falavam bem, mas não tão bem assim. quando eu comecei a ler achei o mesmo. a história parecia simples demais, o personagem parecia uma criança, que chorava por qualquer coisa, talvez fosse grande coisa para o Charlie, afinal, levando em conta tudo, talvez eu pudesse entende-lo melhor, depois de alguns capítulos eu comecei a entrar no clima da história e me divertir e me entristecer mais.
Charlie é um rapaz sem muitos amigos, aliás, nenhum; seu único amigo havia cometido suicídio no verão anterior e agora, nas novas aulas, em fim no ensino médio, ele pretende mudar as coisas. lá ele conhece Sam e Patrick e se tornam amigos, meu personagem favorito é o Patrick, ele é engraçado demais e ao mesmo tempo ferido, pela situação em que passa por amar outro cara que infelizmente tem problemas para assumir isso. todos os personagens, ao menos os principais, passam por alguma coisa ruim, o que não torna uma história de adolescentes sofredores, Sam e Charlie sofreram do mesmo trauma, o abuso sexual, nem sempre percebido por eles mesmos, e no final você se choca, para quem não conhece a história (diferente de mim) mesmo eu que já conhecia, tive uma reação que eu não esperava ter. é ótimo quando você entende a mensagem que um autor quer passar, por fora das senas, dos atores, das palavras, quando você entende , depois de cavar, e desviar-se de toda a distração, do que realmente tem o significado daquilo tudo. E eu tive o esclarecimento.
   É um livro sobre aceitação, seguir em frente, não necessariamente por vontade própria. é algo maior do que o que acontece com o personagem, ou qual personagem você deve odiar ou não. não existe vilão, é algo hereditário. as pessoas as vezes são resultados das dores que tiveram ao longo da vida. os abusos que Charlie sofreu são resultados da perturbação dos abusos que sua tia sofreu em um dado momento; um primo de Charlie que se torna alcoólatra por ver seu pai beber o tempo todo; outro que nunca tocará em um copo com bebida... o fato é que o livro é uma mensagem, sobre que tipo de pessoa você pode se tornar quando passa por algo, você pode aprender com isso e fazer diferente, superar, ou pode carregar isso, como uma maldição triste e conviver com ela.
   Charlie conseguiu, amigos, pessoas que o fizessem se sentir novo, especial, ele conseguiu, ele se sentiu livre feliz, pode seguir em frente, pois ama e é amado, porque se sente infinito.


Ps: Eu gostei do livro, mas acho que o filme me conquistou mais, por isso prefiro o filme, e isso é um grande elogio, em vista que nem sempre os filmes são melhores que suas versões originais.

Ps 2: vale a pena procurar as músicas que o Charlie curte, como a preferida dele Asleep da banda The Smiths, que é linda, e quem sabe, os livros que ele lê ao longo da história também.