Renato um jovem entediado e incompreendido, num país ditatório dos anos 70, quer fazer música, inspirado pelo movimento punk fora do país ele busca uma banda que possa mudar a história do país. Surge o aborto Elétrico, embrião básico do Legião Urbana e do Capital Inicial.
O filme como dito, não é uma biografia do Legião Urbana, jornalistica e imparcial, ao contrário, nem chega ao Legião, e se foca mais no começo, no Aborto, e é um filme de homenagem, assim como foi "Dois filhos de Francisco" e "O tempo não para". É algo pessoal e doméstico, como se a história fosse feita para contar dele para você que quer saber, como uma conversa informal e íntima, são vários os momentos em que você se surpreende com um "poxa, não sabia que ele era assim..." ou "Que ele se sentia assim..." acabei me identificando mais do que eu pensava.
Outros aspectos interessantes no filme são as referencias diretas e indiretas do roteiro nas falas dos personagens a músicas que se tornariam famosas, como "Eduardo e Monica", "Eu Sei", provavelmente que não ocorreram na vida real da forma como foi feita, mas quem se importa, liberdade poética ao poeta. Infelizmente algo não tanto explorado, mas deixado no ar de forma bonitinha é a pendencia do músico a sua Homossexualidade (ou quem sabe Bissexualidade). Mas a melhor coisa do filme talvez seja a relação entre ele ( e sua amiga Ana ( Laila Zaid) que me encantou, embora não tenha existido de verdade, apenas como forma de representação das namoradas e amigas que Renato teve antes de se descobrir sexualmente falando, queria ter uma amiga colorida assim x-).
Quanto a atuação de outros, não há nada a dizer a não ser que servem de apoio ao roteiro, sem grandes aprofundamentos de roteiro, uma pena talvez...
Infelizmente ou felizmente você fica com a cara de "já acabou?" no final, por não mostrar as coisas que você queria saber sobre o Legião...
Concluindo, Somos tão jovens é um filme pessoal, tanto pelo personagem, quanto para você que assiste; pra quem viveu aquela época, e para os jovens de hoje em dia que ainda não conhecem o significado de uma boa música, de qualidade e de verdade, em meio a tanta merda que somos obrigados a ouvir.
O filme é bom, mas teve algumas coisas que eu não gostei, como por exemplo a câmera do filme ficar tremendo o tempo todo como se fosse alguém espionando o Renato Russo o tempo todo. Alguns atores também não se sairão tão bem, como o próprio protagonista que apesar de fazer bem o papel, em alguns momento exagera demais na atuação. De modo geral eu dou nota 8 ao filme, foi muito bom, mas poderia ter sido melhor.
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