domingo, 27 de outubro de 2013

Pensamentos em forma de letras

 
 Estou em um momento tenso, páginas de questões me afligem a mente como um bombardeio de informações do qual não tenho ideia de onde começar. O bloco a minha frente, as questões no papel, a caneta inquieta na mão, balança pra lá e pra cá.
o barulho da chuva leve no teto não me irrita, ao contrário me ajuda e me cumprimenta.
mas nada me distrai mais do que a presença magnifica de seus cabelos, sua pele, e seu semblante silencioso.
me imagino lendo seus pensamentos, do quão chato deve ser atuar como uma fiscal, talvez estivesse e pudesse estar fazendo algo melhor naquelas quatro horas e meia, mas não, vigiava-nos.
   Não havia o que se colar, ninguém sabia de nada. Eu  mesmo também não. minha caneta de tinta preta cumprimenta os círculos do gabarito, mas adoraria era soltar o negro de seus cabelos dessa presilha maldita e manchar meus lábios com o rosa de seu batom. que bom que tenho um gosto diferenciado pelo que me atrai, pois não quero mais ninguém compartilhando o meu desejo por você.
   Eu procuro olha-la de modo que ela perceba minhas intensões.
   Ela me olha de volta e segundos de tensão me abordam, mas não vou desviar o olhar, ela que desvie se quiser.
Mudo minha preocupação para a prova, mas ela sabe, que não dou a mínima para isso agora.
Só quero desvendar as equações do seu corpo, interpretar os textos de seu olhar,
e ter seu coração a mim como o meu já bate por ela.

domingo, 13 de outubro de 2013

Somos Tão Jovens

 
 A impressão que dá ao se ver Somos Tão Jovens é a de que você vai ter um tour na história do Legião Urbana. Mas não. O filme é sobre Renato Russo.
Renato um jovem entediado e incompreendido, num país ditatório dos anos 70, quer fazer música, inspirado pelo movimento punk fora do país ele busca uma banda que possa mudar a história do país. Surge o aborto Elétrico, embrião básico do Legião Urbana e do Capital Inicial.
   O filme como dito, não é uma biografia do Legião Urbana, jornalistica e imparcial, ao contrário, nem chega ao Legião, e se foca mais no começo, no Aborto, e é um filme de homenagem, assim como foi "Dois filhos de Francisco" e "O tempo não para". É algo pessoal e doméstico, como se a história fosse feita para contar dele para você que quer saber, como uma conversa informal e íntima, são vários os momentos em que você se surpreende com um "poxa, não sabia que ele era assim..." ou "Que ele se sentia assim..." acabei me identificando mais do que eu pensava.
   Outros aspectos interessantes no filme são as referencias diretas e indiretas do roteiro nas falas dos personagens a músicas que se tornariam famosas, como "Eduardo e Monica", "Eu Sei", provavelmente que não ocorreram na vida real da forma como foi feita, mas quem se importa, liberdade poética ao poeta. Infelizmente algo não tanto explorado, mas deixado no ar de forma bonitinha é a pendencia do músico a sua Homossexualidade (ou quem sabe Bissexualidade). Mas a melhor coisa do filme talvez seja a relação entre ele (  e sua amiga Ana ( Laila Zaid) que me encantou, embora não tenha existido de verdade, apenas como forma de representação das namoradas e amigas que Renato teve antes de se descobrir sexualmente falando, queria ter uma amiga colorida assim x-).
   Quanto a atuação de outros, não há nada a dizer a não ser que servem de apoio ao roteiro, sem grandes aprofundamentos de roteiro, uma pena talvez...
Infelizmente ou felizmente você fica com a cara de "já acabou?" no final, por não mostrar as coisas que você queria saber sobre o Legião...
   Concluindo, Somos tão jovens é um filme pessoal, tanto pelo personagem, quanto para você que assiste; pra quem viveu aquela época, e para os jovens de hoje em dia que ainda não conhecem o significado de uma boa música, de qualidade e de verdade, em meio a tanta merda que somos obrigados a ouvir.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Ouve isso:

Soundgarden, banda boa. Superunknown é o quarto disco da banda, e de certa forma, foi o que trouxe a
banda para o mainstream do rock. encaixado dentro da onda grunge dos anos noventa, Soundgarden se difere do comum, aliás, assim como todas as outras bandas do pseudo gênero, abordando uma maneira diferente de tocar sua música. afinal, não há nada de comum entre a música de Seatlle, além das garagens e dos cabelos longos e ma penteados. a banda vai por um lado mais metal, algo anterior, com grandes gritos, fascinantes pela voz mais que apreciada de Chris Cornell, esse álbum inova, apresentando mais uma faceta da banda, usando instrumentos e sons de fundo, sua característica é a versatilidade. Soundgarden é versátil, sabe-se lá o que ele pode ter no disco seguinte. De qualquer forma este é bom, muito bom.


Curiosidades:



  • A banda ganhou dois Grammies em 95, por  "Black Hole Sun"; "Spoonman" .
  • Segundo Chris Cornell na época: "Superunknownse relaciona com nascimento de certa forma...Nascendo ou até mesmo morrendo, sendo expelido para dentro de algo que você não conhece nada a respeito. A coisa mais difícil era encontrar a imagem visual certa para pôr em um título como esse. A primeira coisa que pensamos foi em uma floresta em cinza ou preto. Soundgarden sempre esteve associado com imagens de flores e cores exuberantes, e isto era o oposto. Ainda parecia orgânico, mas era bem escuro e frio...Eu gostava daquelas histórias quando criança, onde florestas eram cheias de coisas malignas e assustadoras, ao invés de serem jardins felizes que você podia acampar."